Nunca tão longe e nunca tão perto

Eis que amanhece mais um dia e você parte. Achei que seria mais fácil nessa segunda semana, mas não. Dói sua partida e eu choro, ....de novo. Não é simplesmente um choro de tristeza mas um choro de adeus e desapego aquilo que não quero, nem preciso mais, a um alguém que não preciso mais ser. É como renovar o amor/um amor que se inicia numa nova fase. Você parte pela nossa prosperidade e eu fico para resgatar quem realmente habita minha alma.
Te rever nessa primeira semana que passou longe foi pleno, completo e reascendeu o elo daquilo que nos uniu.Nosso amor se consumiu como há algum tempo não acontecia.
Nunca tão longe e nunca tão perto.
Simples e essencial, amo-te.

Amo-te com o jeito bagunçado de deixar a casa, amo-te com a maneira que fica bravo quando as coisas estão em outro lugar, amo-te com o olhar de ternura que me olha, com o jeito que tropeça quando não presta atenção por onde anda, amo-te da maneira que beija minha mão e que diz que quer ficar comigo para sempre, e amo também o jeito com o qual passamos horas em silêncio um ao lado do outro, amo nossas falhas e o modo que a assumimos e queremos ser melhores, amo-te quando você diz para eu ficar calma quando choro pela distância de mais uma semana, amo-te por poder ser simplesmente eu sem nenhuma máscara ao seu lado - mesmo com todas as imperfeições que você diz serem perfeitas.

E como estou em prantos e não poderia deixar de ser engraçadinha, uso as palavras da canção de Cleiton e Cledir naquela música brega que eu amo também:
Amo tua pele e tua cor e teu jeito de fazer amor...

Agora eu vou cantar e dançar Osun e celebrar o amor: o meu, o seu, o nosso e o de todo mundo!