quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

olhos nos olhos

Quando você me deixou, meu bem
Me disse pra ser feliz e passar bem
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci
Mas depois, como era de costume, obedeci
Quando você me quiser rever
Já vai me encontrar refeita, pode crer
Olhos nos olhos
Quero ver o que você faz
Ao sentir que sem você eu passo bem demais
E que venho até remoçando
Me pego cantando, sem mais, nem por quê
Tantas águas rolaram
Quantos homens me amaram
Bem mais e melhor que você
Quando talvez precisar de mim
Você sabe que a casa é sempre sua, venha sim
Olhos nos olhos
Quero ver o que você diz
Quero ver como suporta me ver tão feliz

Chico Buarque de Hollanda

...imagens e palavras...

..tu eras imagem e eu?palavras.
..o que somos hoje?
tu...imagens
eu?
.volto às palavras!

re-encontro

...exitei ligar-te mas o fiz...confesso que no começo senti certa tensão...medo de expressar o que de fato se sente quando se fala com alguém que muito se amou...fostes receptivo o que me encorajou continuar a conversa....falamos da dor, do amor, do prazer..é, parece-me que o bom da relação prevaleceu na conversa(como somos quantitativos até com os sentimentos:na matemática do pós-amor mal resolvido os bons momentos ficaram com exponencial maior)!..é tão matemático esse pós amor que me disses até que tenho 1/4 de seu coração...acredito dever me contentar com tal fração?Não...nem 1 inteiro me bastaria!

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Conto de Fada atemporal

Eram muito, mas muito felizes...faziam planos e chegaram até a acreditar que era possível que completassem um ao outro sem que bastassem a si próprios previamente...
..compraram coisas, juntaram coisas, fizeram coisas...misturam o dele e o dela e saiu um nosso, que, repentinamente, se perdeu...
o nosso chegou uma hora que queria ser o meu....mas o seu não permitia!
..aí o nosso foi se descontruindo, desconstruindo mas nunca voltou a ser o seu nem o meu, e nunca voltará a ser o nosso.
Mas ainda sim foram felizes para (o) sempre!

Insight:texto da Fla: "Contos de Fada em 2001"

...libertango...

...o compasso de tão bela canção ritimiza meu coração...trata-se se uma ansiedade contente que quase não pode esperar o login do presente sítio para postar todo meu sentir em palavras...devo "replay" a canção...imagino-me bailando-a para representar tudo o que meu coração sente e meu corpo pede..trata-se também das coincidências não coincidentes da vida...eu, você(quem achei que não mais seria), ter mencionado Yoyoma e minhas velhas cartas, as quais na verdade nem são tão velhas assim....falam de um eu que parece tão distante mas que na verdade busca descontruir uma mesma problemática...acaba-se o som, fica o som do digitar dos teclados - que possui certa musicalidade, mas que antecede o anúncio de que eis mais um fim.
Post Scriptum: sugere-me que trata tal música de uma dor seguida de superação, é forte, posiciona-se perante o todo

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Cad'eu?

...mexendo no computador revi nossas fotos..a sensação é de que não havia vida senão a vida a dois...o todo era a dois...acredito estar na fase saudosista do pós relacionamento..aliás penso até que poderia categorizar tais fases...dor e vontade de viver o novo se confudem, lágrimas caem...perco o controle, sinto-me frágil. Mais uma vez cade você..mas espera... na verdade cadê eu?

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Mulheres de Atenas?

A casa está um caos...o tapete enrolado num canto por causa das aulas de dança, a louça na pia por causa da vontade de não lavar, os textos que estou lendo espalhados por causa das idéias que tento organizar, o cigarro no canto da boca a me acompanhar e o Chico....ah o Chico....reponsável pela trilha sonora desse momento tão peculiar...."O que será" acaba de tocar e Chico começa a discorrer sobre essas coisas do ser mulher.....mas que momento mais propício tal reflexão...confesso que depois de certo desconforto gosto da sensação que sinto agora...me sinto livre de mim mesma, de minhas regras e controles.
Amanhã a gente acorda e retoma o rumo, né?
..risada de canto de boca..

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Escrevo para livrar-me daquilo que não sei o que é

...acho que agora já posso dormir...

Carta a ninguém

Devia escrever-te?Talvez não, mas como saber se não o fizer?Penso sobre a intenção do escrever...o que pretendemos ao coisificarmos o mundo através de palavras ?- como diria meu amigo Vinícius. Certamente diferentes coisas!
Será de fato o destinatário de uma carta aquele para o qual desejamos partilhar ou comunicar nossas idéias, sentimentos e , enfim, palavras?
Creio que não. O ressoar do comunicar ecoa dentro de mim. - o que isso significa?Não faço a menor idéia.

Why does it still hurt?

..that's all my heart, soul and mind could feel at the time...

Dança da Solidão

Há dias em que (o) nada se explica. Sentimentos e hormônios se misturam e não se sabe mais o que é o que. Por que dá-se a falta com mais intensidade em tais momentos?Falta e ausência sobrepostas pelo exercício da presença. É a presença a premissa maior da vida ou, pelo menos, da minha vida no meu agora. Os pés doem mas o que mais machuca é o não saber ao certo o que lateja.
Eis mais um exercício de solitude.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Tempo de Mudança

Ano 9:Finalização
2007 foi um ano marcado por intensas transformações.
2008 começa e novos caminhos e processos se instalam.Novas caminhadas, novos projetos, novos amores, amores renovados, o novo por si só.
Há de chegar a calmaria?Não sei. Acredito que eu nem a deseje.Não que eu deseje seu antônimo: o turbilhão, mas acredito que desejo a mudança pelo ritmo que essa impõe..pelo movimento em si.É como bailar a dois:diferentes ritmos devem dialogar, se respeitar, se ajustar e o movimento se cria:acredito que por ora eis para mim a vida.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

"Existirmos:a que será que se destina?"

...é música, é frase de Kleber e é indagação de vida.....afinal, ao que se destina a existência?Segundo quem me contou que o título da presente postagem é também tema na música "Cajuína", de Caetano Veloso - a qual muitas vezes dancei mas nunca havia me atentado à letra - a existência se destina a ser feliz. Ao replicar minha pergunta, disse a ele:
"acho que é bem isso....o fim:ser feliz é mais simples do que o como.....mas tenho descoberto que devemos desencanar um pouco do como ...e deixar rolar....te perguntei isso pois tô escevendo um blog e "existirmos:a que será que se destina?"me chamou a atenção...pensei em escrever sobre e saber de você o que pensa sobre.Isso poderia ser um bom início de texto, se me permite...e uma vez concedida sua permissão cá fica o questionamento - "Existirmos:a que será que se destina?"

Agradecimentos:Kleber - mote da presente postagem e Marcos - que às 00:20 gentilmente me esclareceu que a frase principal de uma música é chamada tema

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

Carta a alguém

Te escrever definitivamente não é uma tarefa fácil - me encanta o jeito com o qual você traduz aquilo que ocorre no seu pensar e sentir em palavras( a mim, falta muito treino) - assim como não foi no DomingO te mostrar quem sou eu. Essa resposta nem eu tenho, ainda. Tenho vagas percepções daquilo que sempre pretendi ser(ou melhor, desde quando descobri que era um ser), mas me sinto talvez num processo de re-construção – se é que alguma vez fui construída - embora assim me sinta. Me sinto demolindo tudo aquilo que sempre fizeram com que eu fosse, ou pelo menos esperaram que fosse, e construindo aquilo que quero ser, ou que preciso ser – as suas palavras em relação ao precisar – que ambíguo esse verbo – ficaram ecoando assim como meu corpo, como em mensagem a você anteriormente enviada já havia comunicado. E assim veio em resposta a uma intensa dor nas têmpuras que me assolou a semana inteira.

Penso, ou melhor, sinto – como um dos maiores exercícios que venho praticando, o da percepção – que aquela sexta-feira foi, e assim devia ser, dotada de símbolos que de uma maneira muito peculiar foram percebidos por nós – os 4.Por mim e por você de uma maneira talvez que se aprofundasse no microcosmos que entramos no DomingO – um DomingO que tinha que acontecer, o DomingO que ajudou a desencadear processos pelo qual meu S-oma vem passando e os quais venho resistindo bravamente. Chega de resistir, chega de brigar comigo, chega de não chorar, chega de pedir beijo pois o que na verdade quero é ganhá-los e aprender a ganhá-los sem tê-los que pedir. Penso - e agora não sei se sinto – que também quero descobrir uma menina que habita aqui dentro...ela deve estar meio perdida ou escondida, mas uma hora eu acho – sem Ter que brigar com essa femme fatale que lida com o querer de uma mulher independente mas o que mais quer é colo, como uma menina. E esse colo não é um colo paternalista não, é um acolhimento – da mesma maneira que fizeste-tu me sentir completamente nua, como não sei mencionar se já senti antes, diante dos meus sentimentos - sentimentos que enquanto um ser – humano tanto questiono.

N aquele – esse
momento me senti muito próxima a ti, senti que tens-tu um papel que não imaginei que teria quando primeiro escrevi aquele ríspido e direto “quero te ver – diga onde e quando” e-1/2 - o 1 e depois talvez no consolidar de um encontro d´ os 4 que se tornaria 2 refletindo nos nossos uns.

..meados de 2005...

um momento quase que lispectoriano de meados de 2004

...sinto que o texto não exatamente corresponde ao meu momento atual..não estou mais vivendo um amor romântico......o ruim da relação está muito mais evidente do que o bom......e o grande segredo tem sido isto....descobrir se tenho jogo de cintura eu e ele, para lidar com isso.....o foco atualmente tem sido eu e nunca foi assim......isso tem sido estranho para nós dois......venho passando por um momento de sabotagem....crise profunda e até estou tentando esconder de mim.....ficar em cima do muro tem sido mais fácil mas não mais confortável....quero mudar e estou de mãos atadas....quero romper com o que não gosto mas o hábito de fazer tais coisas não me permite.... me sinto ansiosa.....perdida, vulnerável e isso para mim é inédito e difícil de aceitar.....me pego pensando sobre o que quero para mim...o que me causa tanto medo de experimentar e acho que é a incerteza do que todos chamam de felicidade, que assim como o amor não sei o que é me deixam assim, me sentindo como se não fosse eu......

Na arte da vida

Na arte da vida, queria ser tudo...o todo.Interpretar todos os personagens ao mesmo tempo.Notei agora que isso não é possível, ou pelo menos, não é necessário.Posso interpretar todos, mas tem que ser um de cada vez.
Dançar, interpretar, criar, queria inovar. Mas como inovar, como lidar com o inédito se devo de um lado tanger entre a teoria e a prática e, de outro, quero tudo ser mas não estou lidando com a disciplina e presteza necessária para lidar com o tudo de um todo.
Critério? Não há critério possível e passível de lidar com o acúmulo necessário de conhecimento de um lado e com o excesso de informação e vinculação desta de outro. Lidar com o método clássico e a realidade banal proveniente de tal excesso.


Maria Carolina Marchi Silva, em algum lugar, alguma hora, transcrito ao computador proveniente de uma folha de papel-rascunho

Fragmentos de Vida

Me encanta...

O jeito
que me olha
que me beija
que me faz carinho

....a maneira

a qual me acalma
mesmo que para mim às vezes
isso seja um tanto novo
e o quanto e como expõe o que sente

e

desperta em mim mais poesia

o olhar de canto e sem graça

Adoro...

O olhar que ainda não me deu
O beijo que está por vir
O toque no rosto que irei sentir

O jeito que toca meu rosto no momento em que me beija

...meados de 2005, um quase 2006

O mote de tudo

Confesso que cogitei começar com um texto sobre o romper, mas não consegui fugir da "pieguice" - no melhor que ela pode significar e começarei com o cerne de tudo: EIS O AMOR

Tomada pelo amor??
Mas, como assim...amor??
Um sentimento em que tantos exitam expressar, afinal...penso, logo exito ou se preferes, desisto
Amor simples, sentimento lindo e tênue que tantos insistem afirmar que é o mote da humanidade
Mas de que amor falam??Cadê esse amor?
Sentir amor X Pensar O amor
Estremeço mas aconteço ao poder sentir que amo
e abandonar o pensar se te amo
Um amar tão meu e por ser meu, tão coletivo....

..meados de uma então recente paixão...

Sentindo o sentido da vida

...normalmente a gente fica pensando na vida....agora passei para a fase do sentindo na vida, que pode numa brincadeira se torna sentido na vida...e por aí vai....em breve será agindo na vida...e daí volta a ser pensando, sentindo,agindo e pensando novamente......

Aqueles que se identificam

Quem (não) sou eu

Achei que seria mais fácil dizer quem não sou do que quem sou mas tô vendo que não é tão simples assim...

O porque do "o que"

Vinha há algum tempo querendo criar um blog...não sabia ao certo onde queria chegar mas hoje me dei conta que o importante não é onde quero chegar com ele mas sim que com ele pretendo caminhar. Fiquei ponderando o que publicar, o como fazê-lo...ponderei inclusive todo o cuidado com o jogo entre as palavras e suas acentuações gráficas mas hoje também me dei conta que isso não importa. O que encontrarão aqui? Sentimentos e palavras - textos que hoje são ficcionais e que foram talvez um dia auto-biográficos. Sejam todos muito bem vindos!