Te escrever definitivamente não é uma tarefa fácil - me encanta o jeito com o qual você traduz aquilo que ocorre no seu pensar e sentir em palavras( a mim, falta muito treino) - assim como não foi no DomingO te mostrar quem sou eu. Essa resposta nem eu tenho, ainda. Tenho vagas percepções daquilo que sempre pretendi ser(ou melhor, desde quando descobri que era um ser), mas me sinto talvez num processo de re-construção – se é que alguma vez fui construída - embora assim me sinta. Me sinto demolindo tudo aquilo que sempre fizeram com que eu fosse, ou pelo menos esperaram que fosse, e construindo aquilo que quero ser, ou que preciso ser – as suas palavras em relação ao precisar – que ambíguo esse verbo – ficaram ecoando assim como meu corpo, como em mensagem a você anteriormente enviada já havia comunicado. E assim veio em resposta a uma intensa dor nas têmpuras que me assolou a semana inteira.
Penso, ou melhor, sinto – como um dos maiores exercícios que venho praticando, o da percepção – que aquela sexta-feira foi, e assim devia ser, dotada de símbolos que de uma maneira muito peculiar foram percebidos por nós – os 4.Por mim e por você de uma maneira talvez que se aprofundasse no microcosmos que entramos no DomingO – um DomingO que tinha que acontecer, o DomingO que ajudou a desencadear processos pelo qual meu S-oma vem passando e os quais venho resistindo bravamente. Chega de resistir, chega de brigar comigo, chega de não chorar, chega de pedir beijo pois o que na verdade quero é ganhá-los e aprender a ganhá-los sem tê-los que pedir. Penso - e agora não sei se sinto – que também quero descobrir uma menina que habita aqui dentro...ela deve estar meio perdida ou escondida, mas uma hora eu acho – sem Ter que brigar com essa femme fatale que lida com o querer de uma mulher independente mas o que mais quer é colo, como uma menina. E esse colo não é um colo paternalista não, é um acolhimento – da mesma maneira que fizeste-tu me sentir completamente nua, como não sei mencionar se já senti antes, diante dos meus sentimentos - sentimentos que enquanto um ser – humano tanto questiono.
N aquele – esse
momento me senti muito próxima a ti, senti que tens-tu um papel que não imaginei que teria quando primeiro escrevi aquele ríspido e direto “quero te ver – diga onde e quando” e-1/2 - o 1 e depois talvez no consolidar de um encontro d´ os 4 que se tornaria 2 refletindo nos nossos uns.
..meados de 2005...